9 de jan. de 2015

A esquerda, a farsa do multiculturalismo e o ódio ao ocidente civilizado

Nossos esquerdistas fingem defender o multiculturalismo, mas isso é lorota. Eles são movidos pelo puro, simples e patético "adolescentismo ideológico", segundo o qual todo inimigo dos EUA (e de Israel) torna-se automaticamente um aliado.



Não foram poucos os esquerdistas que relativizaram o atentado terrorista de radicais muçulmanos à revista Charlie Hebdo. Um dos argumentos, acreditem, foi o de que os jornalistas também “provocaram”; e esse verbo foi empregado por dois… CARTUNISTAS brasileiros! É exatamente o raciocínio ridículo e inaceitável de quando há um estupro e dizem que a vítima “provocou”, seja por usar roupas curtas ou estar em algum local ou horário “inadequados”. A mesma estúpida lógica.
Mas, tirando esse pessoal que come cocô de colherada, há os “moderadões”, que resolvem PONDERAR sobre a necessidade de entender que alguns se ofendem com coisas como aquelas charges. Pois vamos deixar tudo claro e bem objetivo: NÃO, NÃO TEMOS DE ENTENDER. NÃO, ELES NÃO TÊM RAZÃO EM FICAR OFENDIDOS – tanto menos teriam o direito de manifestar esse incômodo e, BEM MENOS AINDA, matar quem não respeita o que acreditam ser “certo”.
Senão pelo óbvio, isso se explica pelo multiculturalismo (tão defendido pelos esquerdistas): no ocidente desenvolvido, vale a cultura ocidental desenvolvida, que INCLUI a liberdade de expressão – até mesmo para fazer piada com religiões. Ponto.
Muitos de nós – não todos, como sabemos – se ofendem com o apedrejamento de mulheres, o enforcamento de gays ou os espancamentos de quem se desvia das normas morais e religiosas em alguns países islâmicos. E não há um único esquerdista defendendo que alguém apareça por lá e tire toda a roupa, ou manifeste adultério, ou faça algo que contrarie aquela cultura, sem que seja processado pelas leis locais. Os silêncios obsequiosos de quando alguém é punido por não obedecer o que tais leis determinam são em geral quebrados pela máxima “é outra cultura, temos que respeitar!”.
Mas acham que é “provocativo”, e não cultural, franceses, num jornal da França, publicarem piadas com Maomé. E falamos aqui dos mesmos idealistas e militantes que, há bem pouco tempo, não acharam tão ruim assim a quebra de imagens católicas ou sua posterior penetração(com duplo sentido). Isso faz parte da liberdade de expressão, mas piadinha em jornal, não! Aí é “provocativo”.
Não defendem, portanto, o multiculturalismo. TUDO o que for contrário à ideia que fazem de civilização ocidental passa a ser aceitável e defensável, mas NADA que contrarie as demais culturas é permitido. Somos os “opressores”, ora!, de modo que nem aqui mesmo podemos exercer nossos costumes. Segundo quem defende a tese da “provocação”, é preciso não apenas entender, mas também PRATICAR o que os islâmicos radicais consideram “certo” (neste caso, não fazer piada religiosa).
Ao contrário do colunismo treze-confirma, não é preciso inventar interlocutores radicais ou conversas imaginárias em estabelecimentos públicos. Há uma fartura de fatos que podem ser sintetizados nisso: um projeto de lei obrigando, entre outras coisas, o ensino da RELIGIÃO ISLÂMICA em escolas públicas (vejam aqui, em pdf). O autor é Jean Wyllys, adorado por essa militância socialista-branca-de-sobrenome-europeu. O mesmo que, vale lembrar, será retratado num filme para o qual o Ministério da Cultura autorizou cerca de 800 mil reais em captação de recursos (verba que seria recolhida em forma de impostos).
Reiterando: o projeto de lei visa à instituição do ENSINO RELIGIOSO MUÇULMANO, não apenas o aprendizado da cultura árabe de forma genérica. Por mais que defensores do deputado digam não ser bem assim, o parágrafo primeiro não deixa dúvidas: além de citar história e cultura, há menção separada à “religiosidade islâmica”. Cabe duvidar quando algum desses camaradas se dizem contrários ao ensino religioso nas escolas. Ora, se são mesmo contra, como defendem – e propõem que se torne lei! – justamente o ensino do islamismo? Pois é…
O problema, afinal, é com a cultura do ocidente. Um “adolescentismo” que muitos levam para a vida adulta e até para a velhice (é especialmente tragicômico quando apontam um idoso de idade avançadíssima como “lúcido”, acrescentando que seria também socialista…). Se determinado país ou povo é contra os malignos EUA, então vira aliado – uma lógica da Guerra Fria que persiste em parcela considerável da esquerda brasileira. No caso do radicalismo muçulmano, há o “bônus” de também serem inimigos de Israel.
Essa militância imbecil chega ao ponto do sincericídio ideológico: primeiro vem a causa esquerdista e depois, muito depois, as bandeiras supostamente defendidas. Basta ver que justamente mulheres e gays são as principais vítimas nos países e regiões controlados pelos radicais islâmicos tão relativizados e até defendidos (como no caso do Hamas) pela turminha disquerda. As tais bandeiras e suas vítimas que se lasquem! Primeiro precisam passar um pano para o “inimigo do inimigo”. Uma estupidez sem tamanho, claro.
Não acreditem quando alguém dessa esquerda adolescente alega defender outras culturas. É lorota. Só relativizam e defendem os que consideram os EUA “inimigos”. Infelizmente, o nível é esse, uma espécie de 5ª série do primário da ideologia.
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