11 de jan. de 2015

Centenas de milhares desfilam pela paz na França

Centenas de milhares marcham em Paris, neste domingo, em homenagem aos mortos no atentado contra o jornal Charlie Hebdo, contra o terrorismo e pela paz.


Dezenas de chefes de Estado participam da marcha, entre eles os chanceleres de Israel, Benjamin Netanyahu, e da Palestina, M.Abbas.

É importante, a meu ver, desfazer algumas confusões tolas no debate que acontece no Brasil.
As manifestações em Paris, e no resto do mundo, pelas vítimas do atentado, expressas na hashtag “je suis charlie hebdo” não significa aprovação às charges publicadas no jornal, algumas de fato bastante ofensivas ao Islã, e sim um gesto de solidariedade às vítimas do fanatismo religioso.
Um gesto de solidariedade e paz.
Uma solidariedade magnânima que se presta também a quem pensa e age diferente de si.
Outra confusão é sobre a ideologia do jornal. Na minha opinião, isto não vem ao caso, porque a liberdade de expressão e o direito à vida valem para todos, desenhistas de esquerda ou direita.
Uma charge de uma ministra negra tem sido usada para acusar a revista, mas se trata de uma resposta à uma acusação da Frente Nacional, partido da extrema direita francesa, que chamou a ministra de “macaca”.
Charlie Hebdo ocupava, na França, um espaço de esquerda, com críticas pesadas às religiões e à extrema direita.
Como disse o chefe do Hesbollah no Líbano, os “jihadistas causam muito mais dano à Maomé do que caricaturas”.

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