25 de jan. de 2015

Sobre os que defendem punição a piadas, mas acham normal folia carnavalesca enaltecendo regime genocida

Muitos que chilicam o ano todo sobre os "limites do humor" (discutindo a sério até mesmo "gordofobia"), agora acham ridículo reclamarem de um bloco de carnaval que homenageia o regime que matou milhões de pessoas. Mas... Ué!?




A cena é um clássico da internet (ocorre trinta vezes por ano): algum humorista faz piada considerada “misógina” ou “machista” ou até mesmo “gordofóbica”, e então surgem os textos defendendo punição, às vezes passeatas e assim por diante. Afinal, segundo essa turma, determinado tipo de humor não é admissível. Haveria – ou deveria haver – LIMITES.

Ok.

Daí, chega o carnaval e muitos desses passam a achar normalíssima a folia enaltecedora de um regime genocida (sim, há um bloco de carnaval que “brinca” elogiando o regime comunista da antiga URSS, responsável pela morte de 20 milhões de pessoas). E mais: acham RUIM quando alguém reclama, dizem que é “recalque” e coisas do tipo.

Apenas IMAGINEM chamar de “recalque” todo textão contra o Gentili, ou discussão séria sobre o que se pode ou não dizer na TV a pretexto de “humor”. Nessa hora, claro, não existe o “ai, gente, mas é só piada!”. Tudo passa a ser importante, sério e grave. Mas, ora! Se há quem lute pelo fim de piadas “gordofóbicas”, é natural existir alguém ofendido com a “homenagem bem-humorada” ao regime que matou tantos milhões.

De minha parte, PODE TIRAR SARRO DE TUDO. Exatamente tudo. Qualquer coisa, sem limite, sem restrição, sem processo, sem passeata, sem abaixo-assinado, sem boicote. E é divertido ver alguns percebendo o RIDÍCULO de chilicar com o humor – ainda falta perceberem que também fazem isso, e o ano todo, mas já é um começo.

Desse modo, não vale defender a liberdade num caso e, nos outros, propor limites, punições, passeatas etc. E falamos de uma galera que faz até DOCUMENTÁRIO para discutir o que deveria ou não ser permitido nas piadas. Confiram aqui (sim, há participações interessantíssimas, digamos).

Então, é isso: tá liberado tirar sarro de tudo (convenhamos, sobram poucos temas-tabu quando o genocídio entra na lista do que pode). A galera agora só precisa aprender a controlar a raivinha nos demais casos. Creio que consigam. No fim, ganhamos todos.

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